Filosofando sobre rock progressivo [Parte 1]


Quem nunca ouviu aquela famosa frase "Que tipo de música você gosta de ouvir?". 
Minha respota é sempre a mesma: rock progressivo e gospel. As pessoas faziam uma cara de ué tão engraçada porque não sabiam nem o que era rock progressivo, nem gospel. Hoje em dia, a cara de ué é só por causa do rock progressivo, porque no final dos anos 90 o gospel se popularizou.

Na verdade, eu também escuto outros gêneros como smooth jazz, MPB, folk pop indie e pop rock, mas meus favoritos são rock progressivo e gospel.

O rock progressivo é um derivado do rock que surgiu na década de 60. Ele tem uma influência muito forte da música  clássica pelas hamonias e melodias complexas e pelas músicas longas chamadas épicos. Tem também um pouco da influência do jazz e do blues. 

O que eu gosto mais no rock progressivo é que apenas uma música é composta por vários trechos que se você ouvir separado parecem trechos de músicas distintas, mas quando unidos se ligam perfeitamente e fazem todo sentido. Algumas bandas tem vocalistas com vertente para a música lírica, o que dá o tom a mais da música clássica.

Minha banda favorita é o Dream Theater. Conheci a banda por causa do John Petrucci, o guitarrista. Em uma época da minha vida, resolvi aprender a tocar guitarra e pesquisar mais sobre o assunto. Então eu vi o Steve Vai, um guitarrista de rock progressivo super criativo e extremamente talentoso (poucas pessoas no mundo conseguem tocar algumas músicas dele). Comecei a ver muitos vídeo dele e em um ele tocava com o John Petrucci. Me chamou a atenção porque o Petrucci é muito parado, concentrado no que faz, coisa que o Steve Vai não é porque toca praticamente dançando. Comentei do Petrucci com um colega que toca guitarra e ele disse: ah, o guitarrista do Dream Theater! Então foi assim que conheci a banda.

A primeira música da banda que ouvi foi Learning to Live. Ali já notei três coisas. A primeira foi a qualidade técnica da banda: incrível, todos são excelentes individualmente. Em especial, eu admiro o baterista, Mike Portnoy. Para mim é a alma da banda. Ele sozinho consegue fazer rock progressivo, sem exageros! Ele sabe mudar as nuâncias da música de uma forma que a música sem a bateria seria outra música. A saída dele me fez parar de acompanhar a banda, mas ainda acompanho sua carreira. Não é a tôa que é um dos melhores baterista do mundo.

Depois fui pesquisar e vim a saber que todos (exceto o vocalista) são formados em Música em nada mais nada menos que Berklee, uma escola de referência mundial. Inclusive se connheceram neste período.

Segunda coisa notada: os integrantes conseguem juntar seus talentos de uma forma notória. São muito sincronizados! Terceira nota mental: eles entederam o que é rock progressivo e sabem compor. Muitas bandas acham que rock progressivo é só tocar uma música longa e fazer a maior bagunça sem sentido algum, sem ordem alguma, sem conexão e ainda com trechos inaudíveis, sem melodia.

Continua...

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